sábado, 30 de outubro de 2010






Mesmo que nenhum candidato tenha assinado o compromisso, ambos disseram que eram a favor do desmatamento zero. Dilma, num comício em Belo Horizonte. Serra, no debate da Record. Nesta sexta, 29 de outubro, o Greenpeace protocolou pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os pronunciamentos de ambos pelo desmatamento zero fossem incluídos em seus respectivos programas de governo registrados no próprio tribunal.
A pressão quebrou um tabu histórico. Foi a primeira vez que o tema ambiente figurou com razoável destaque na campanha eleitoral. Ainda que menos do que ideal, mas com força suficiente para mostrar aos candidatos que seja quem sair vencedor do pleito terá de prestar contas à sociedade sobre seus posicionamentos ambientais – e será cobrado por isso.
 Aos que entraram nessa refrega conosco, o Greenpeace dedica sua mais profunda admiração e reconhecimento pela disposição em empurrar para o palco eleitoral um assunto que nossos políticos teimam em deixar em segundo plano, esquecendo-se que ele é fundamental para definir o futuro desse país. 
E vamo que vamo, a eleição é neste domingo.  Vote com consciência. 

domingo, 24 de outubro de 2010

Diga a BNP parar com os investimentos radioativos!




O banco BNP está investindo pesado em projetos de energia nuclear, mais do que qualquer outro banco do mundo. Desta forma planejando financiar a construção de um perigoso reator nuclear em Angra, Brasil - um projeto que não respeita os padrões de segurança internacional.
Tal atitude vem a questionar a instituição do banco quanto a sua responsabilidade e honestidade. Principalmente por estar usando o dinheiro depositado por clientes para financiar um projeto tão perigoso sem ao menos os informar ou ter sua permissão para isto.
Financiar este projeto é um extremo mal uso do dinheiro público.
Mas você não precisa ser um cliente de BNP Paribas para mostrar sua preocupação com investimentos radioativos.
O mundo precisa de investimentos limpos, energias renováveis!
Veja mais e assine nossa petição em greenpeace.org/stopnuclearbanks
delivery of radioactive money
Energy [R]evolution!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

COP da Biodiversidade enfrenta mesmos problemas da reunião do clima

Nós estamos à beira de uma enorme convulsão de extinção’, diz o primatólogo Russel Mittermeier




 Delegados de mais de 190 nações deram início à Conferência das Nações Unidas focada na sobrevivência de diversas espécies e  ecossistemas ameaçados pela poluição, pela exploração e a invasão de habitats.
 
Mas a maratona de negociações da Convenção da ONU sobre a Diversidade Biológica enfrenta os mesmos rachas -- a respeito de quais seriam as medidas a tomar -- que se observam na Convenção sobre o Clima entre as nações ricas e pobres. 
 
Os cientistas avisam que a menos que o mundo comece a fazer mais para proteger as espécies, extinções irão se suceder e o mundo natural, marcado por uma intrincada interconexão, sofrerá danos com consequências devastadoras. 

"Nós estamos à beira de um enorme espasmo de extinção", disse Russel Mittermeier, presidente da ONG Conservação Internacional e biólogo que passou décadas estudando primatas. "Ecossistemas saudáveis são os fundamentos do desenvolvimento humano."
 
Se uma parte da complexa rede de organismos vivos desaparece - como abelhas, que têm o papel de polinização e cujo número vem caindo - todo o sistema pode entrar em colapso, argumentam os cientistas.

Esta é a décima edição da Convenção de Diversidade Biológica, que nasceu na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. O objetivo da reunião é chegar a um conjunto de 20 metas quantificáveis para a próxima década para tentar retardar ou parar a tendência de perda de biodiversidade no mundo. 

"A hora de agir é agora e o lugar é aqui", disse o secretário executivo da convenção, Ahmed Djoghlaf.
 
Uma das propostas mais comentadas é a transformação de vastas extensões de terra e oceano em áreas protegidas, embora as nações em desenvolvimento não tenham interesse em reduzir suas estimativas de crescimento econômico para os próximos anos. 
 
Outra questão polêmica é a tentativa de criação de uma estrutura legal para dividir equilibradamente o acesso e os benefícios dos recursos genéticos, como plantas com valor medicinal. Um exemplo é a pervinca rosa, uma planta nativa de Madagascar, que entra na composição de dois remédios contra o câncer. As companhias farmacêuticas do ocidente cultivaram as plantas e lucraram com elas, mas pouco dinheiro voltou para Madagascar. Os países em desenvolvimento argumentam que deveriam receber uma parte dos benefícios advindos da comercialização dos medicamentos.
 
A convenção não tem um bom histórico pregersso. Falhou, por exemplo,  na obtenção de metas globais estabelecidas em 2002 para melhorar a proteção da biodiversidade em 2010.
 
Os cientistas estimam que a Terra está perdendo espécies entre cem e mil vezes mais rápido do que a média histórica. Eles avisam que isso está levando a Terra em direção a sua sexta grande fase de extinção, a maior desde que os dinossauros foram banidos do planeta, há 65 milhões de anos. 
 
Mittermeier disse que em seu campo, a primatologia, dos 669 diferentes tipos de primatas, 49% estão ameaçados, em grande parte por conta da destruição sde habitats e pela caça.
 
"Isso é um indicativo de um risco real de extinção", disse ele.   
Em uma das 20 metas propostas para 2020, os delegados tentarão entrar em consenso quanto à porcentagem de terra e oceanos que deverão ser transformados em áreas protegidas,que podem ser tanto reservas naturais fechadas quanto áreas manejadas para o uso sustentável dos recursos naturais.  

O rascunho do texto final de um acordo cita uma porcentagem de terra entre 15% e 20% do globo, mais do que os atuais 13%. Mas
nenhuma meta específica foi sugerida para os oceanos, dos quais menos de 1% é protegido.     

Mas mesmo que os governos concordem com um número global, a implemantação do plano deverá enfrentar muitos obstáculos,  incluindo a resistência das corporações que não querem desistir do acesso aos recursos hoje disponíveis. 
A Convenção da Biodiversidade foi assinada por 193 nações, mas três não a ratificaram: os EUA, Andorra e o Vaticano.   

Enquanto isso, o Japão, país sede da décima edição da Convenção (que acontece a a 270 km de Tóquio, na cidade de Nagoya) vê no evento uma chance de se apresentar como um defensor da biodiversidade, depois de ajudar a enterrar muitas das medidas da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), entre elas as relativas ao limite do comércio de atum, tubarão e outras espécies marinhas. 
 
Tokyo também tem sido duramente criticada por grupos ambientalistas por seu programa de caça às baleias. 
 
"É uma chance do governo japonês mostrar que o país pode ter um papel de liderança nas questões marinhas e de biodiversidade", disse Wakao Hanaoka, um membro do Greenpeace.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dia das crianças Green


Com apenas 1 dia de descanso após a atividade do Flash Mob nossos voluntários se puxaram na organização e na realização da atividade de dia das crianças, marcando mais uma vez presença no Parque Farroupilha (Redenção).


Tendo inicio às 9 horas da manhã nossa humilde barraca tinha como proposta a pintura de rosto, leitura de contos, espaço para desenhos e jogos diversos.
Enquanto alguns voluntários revezavam as divertidas fantasias de vacas outros mostravam suas habilidades nas pinturas de rostos.

     







Nosso público alvo eram as crianças, mas como se pode ver na foto recebemos pessoas de todas as idades para essa divertida atividade.


O movimento de nossa barraca de atividades acabou superando nossas expectativas, assim nos deixando muito felizes e ansiosos para repeti-la ano que vem.




Tenho certeza que todos os nossos voluntários foram para casa com a sensação de missão comprida! Parabéns aos participantes e toda nossa equipe que está sempre pronta para por a mão na massa!

Flash Mob arrasou!

Dia 10.10.10 como programado e divulgado nos unimos para a realização de um Flash Mob no Parque Farroupilha (Redenção)  com o objetivo de combatermos a vinda de usinas nucleares ao sul do país.
A atividade foi super bem sucedida!!

Pela manhã os voluntários do Greenpeace Poa forneceram informações sobre os problemas ambientais atualmente enfrentados ao público do parque.  Aproveitando para convidar todos a se unir às 16h para o Flash Mob contra energias nucleares.



Já a tarde em parceria a ong's como a 350º foi realizado uma limpeza pelo parque também com o objetivo de mostrar aos seus frequentadores a importância de um parque limpo, do uso de lixeiras, e a separação do lixo orgânico do seco.



 


Após a realização da coleta a concentração foi no Monumento do Expedicionário, aonde todos se deitaram e protestaram contra usinas nucleares. Enquanto alguns ativistas seguravam faixas e falavam ao megafone, outros faziam o contorno dos deitados com giz branco. A intenção da marca de giz ao redor dos corpos é de remeter essa imagem a nossa lembrança do acidente nuclear em Chernobyl.





Um número bem grande de pessoas puderam assistir a ação e acreditamos que nossa mensagem foi muito bem enviada a nossos governantes e ao público que não tinha conhecimento das especulações que estão ocorrendo no RS para estas construções.

Energias renováveis já!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Convite aberto a todos!



Dia 10 de outubro estaremos realizando uma manifestação pacifica (Flash Mob) junto ao Monumento do Expedicionário, no parque da Redenção.


Nos encontraremos para a organização do Flash Mob às 16h.
Às 16h30, convidados, amigos, colaboradores e voluntários vestindo roupas preferencialmente pretas, se deitarão no chão em volta do Expedicionário. Enquanto isso alguns voluntários irão segurar faixas "Energia Nuclear Não" e outros desenharão o contorno das pessoas deitadas no chão com giz. Tudo isso remetendo ao terrível acidente de Chernobyl que em 26 de Abril de 1986 libertou uma imensa nuvem radioativa contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão de Guadalupe, África.


O objetivo desta ação é chamar a atenção das pessoas para esse importantíssimo assunto que apesar de já estar em  discussão e planejamento aqui no Rio Grande do Sul, pouquíssimos tem conhecimento. 


Para quem quiser chegar mais cedo, melhor ainda! Nossos voluntários estarão no parque a partir das 9 horas com sua tradicional barraca e explicativos das campanhas. Esperamos todos vocês lá!!


O que é um Flash Mob? 

Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada.
A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.


Flashmob em São Paulo
Flash mob em São Paulo aconteceu em frente à Casa das Rosas, na Avenida Paulista.


Está ação será feita no dia 10.10.10 por um motivo, é claro! Esse dia é conhecido como Global Day of Action (dia da ação global). Você já ouviu falar? 


Global Day of Action é uma ação de formato direto. Organizações ambientalistas começaram a usar esta data em 2005 pela conexão com o Global Climate Campaign. A idéia é focar a atenção mundial nos efeitos maléficos que os seres humanos estão causando ao aquecimento global. O principal objetivo é cobrar de representantes dos seus respectivos governos que respeitem acordos estabelecidos no Kyoto Protocol, com isso conduzindo uniões de demonstrações de paz pelo mundo. 
As demonstrações tem a intenção de coincidir com a United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), uma reunião de lideres de 189 diferentes nações que se encontram anualmente para discutir os efeitos climáticos e possíveis soluções.  


Convide amigos, parentes, colegas... contamos com a SUA presença!



Angra Gaúcha?! Não!




As notinhas são pequenas, mas estão lá. Escondidas no meio de artigos e matérias achamos pequenas noticias sobre um assunto muito grande, energia nuclear. 
Jornais como Zero Hora e Jornal do Comércio, além de alguns sites, publicaram as seguintes matérias:

Zero Hora
Energia Nuclear no Estado?

Ana Maria Xavier*, Artigos Zero Hora

O emprego de energia nuclear em medicina já está consolidado no Rio Grande do Sul e vem possibilitando o diagnóstico precoce de diversas doenças do coração, rim, fígado, pulmão e tireoide, entre outras, bem como o diagnóstico e tratamento de diversos tipos de câncer. Só em Porto Alegre, existem 11 clínicas de medicina nuclear e sete unidades de radioterapia operando rotineiramente. A medicina nuclear e a radioterapia estão também disponíveis em diversas cidades, como Caxias do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Erechim, Ijuí e Bagé, entre outras. (...)


Jornal do Comércio
Governo abre espaço para discutir leilões regionais


Evento na Capital vai debater perspectivas da energia nuclear

Jefferson Klein

(...) Nesta quinta-feira, será realizado no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, o encontro do Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia. Um dos assuntos que serão tratados, informa Andrade, será a discussão sobre as perspectivas da energia nuclear, que será abordada pelo diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva. O secretário lembra que há "rumores" quanto a estudos a serem elaborados na região Sul para o aproveitamento dessa fonte de energia. Já o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, palestrará sobre os requisitos energéticos regionais para atendimento das demandas da Copa de 2014.


Itamaraty - Ministério das Relações Exteriores
Usina nuclear no RS?


É ainda inicial, mas já um sinal. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Eletronuclear assinaram acordo para estudos preliminares de seleção de novos locais, inclusive no Estado, para instalar usinas nucleares de geração de energia elétrica.

O Rio Grande do Sul será um dos pesquisados, juntamente com outros oito Estados. Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, justificou a procura por novas fontes energéticas pelo fato de o potencial hidrelétrico brasileiro começar a se esgotar em cerca de 20 anos.

Na opinião dele, isso tornaria a energia nuclear uma boa opção para ampliar o parque de geração do Brasil, ao lado de outras fontes alternativas como a eólica e biomassa.


De acordo com os planos feitos pela União, além de Angra 3 (foto) – cuja construção foi retomada em 2009 –, há necessidade de mais quatro usinas até 2030, com potência instalada de 1 mil megawatts cada uma. (...)


Eletronuclear - Eletrobras
EPE e Eletrobras Eletronuclear vão estudar áreas que poderão receber novas usinas nucleares


Os levantamentos estarão centrados em áreas que poderão receber as novas usinas nucleares nas regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste. Os estados pesquisados serão Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. Outras unidades da federação poderão ser abarcadas no estudo, mediante aditivo contratual.  (...)


Como podem ver os planos de novas usinas nucleares já estão saindo do papel e se direcionando a pesquisas de terrenos para suas construções. E você sabia disso? Alguém sabia disso?
Não queremos uma Angra Gaúcha, nem queremos ter de sofrer com as consequências que tais construções trarão. 


O que tais usinas poderiam causar?


1º Risco à vida
O processo de geração de energia nuclear possui várias etapas. O minério radioativo passa por uma série de transformações em sete cidades, de três países, até se transformar em combustível para a usina nuclear. Depois de utilizado, transforma-se em lixo radioativo. Em todas essas etapas, há a possibilidade de ocorrer um acidente, contaminando água, solo, ar, além de pessoas e animais, e ainda não foi encontrado um destino seguro e permanente para esse lixo.
A exposição ao material radioativo pode gerar nos seres humanos o desenvolvimento de câncer, má formação fetal, aborto, falência do sistema nervoso central, síndrome gastrointestinal, entre outras doenças. As instituições responsáveis pelo programa nuclear brasileiro não tomam medidas eficazes de prevenção da contaminação, colocando milhares de vidas em risco. 

2º Um mundo mais quente


Há uma idéia corrente de que a geração de energia nuclear é livre de emissões de gases de efeito estufa. Não é bem assim. Os reatores não emitem gás carbônico diretamente, mas, no cálculo de toda a cadeia de produção - da construção da usina, extração do minério ao descarte do lixo radioativo - as emissões vão às alturas.

A relação entre emissões totais e energia gerada faz da energia nuclear uma opção mais poluidora do que energias renováveis. De acordo com a metodologia de Storm e Smith para o cálculo de emissões, o ciclo de geração por fontes nucleares emite de 150 a 400 gCO2/kWh, enquanto o ciclo por geradores eólicos emite de 10 a 50 gCO2/kWh.


Estudo de 2006 da Universidade de São Paulo (USP) revela que serão necessários R$9,5 bilhões e mais seis anos para a finalização de Angra 3. Com um investimento menor, de R$7,2 bilhões, seria possível construir um parque eólico com o dobro da capacidade de Angra 3, ou seja, 2.700 MW, em dois anos – sem produzir lixo radioativo, sem o perigo de contaminação e com as emissões de gases estufa quase zeradas. 

Soluções: 

- Fim da expansão do programa nuclear brasileiro;
- Suspensão da exploração de minério radioativo;
- Não construção da usina nuclear Angra 3;
- Reestruturação do setor nuclear brasileiro para o uso seguro da energia nuclear com fins medicinais;
- Investimento em geração de energias renováveis.




Fonte: Greenpeace Brasil