quinta-feira, 12 de abril de 2018

RS - Apoio ao Balneário Alegria


Nesta quarta-feira (11.04.18), ocorreu Reunião de Conciliação mediada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O evento ocorreu em função de impasse entre a comunidade de Guaíba, representada pela Associação de Moradores e a Fábrica de Celulose Guaíba. Os primeiros alegam que estão sofrendo prejuízos na saúde em função da atividade fabril. A fábrica, por outro lado, alega que trabalha dentro da legislação.

Do encontro, se conclui que a fábrica está causando imenso impacto ambiental, com sérios prejuízos à comunidade. Não há algumas pessoas como alegou o representante da empresa, mas a toda uma comunidade que convive com alto índice de ruído, especialmente à noite, impedindo seu sono, além de lançamento de detritos de madeira ao ar, depositando-se nas residências, enorme odor vindo das chaminés e do cloro usado no branqueamento do papel, além do risco de vazamento daquele produto químico, fato que já ocorreu no passado.

O representante da empresa alegou por diversas vezes que não precisaria estar ali negociando, mas a alegação foi rebatida pelos moradores e pelo representante da AGAPAN, pois um convite ou convocação da Assembléia Legislativa deve ser atendido, o que é no mínimo respeito às instituições e à população. A empresa, através de seu porta-voz utilizou seguidamente o chavão: “estamos cumprindo a legislação”, tentando encerrar o assunto, mas foram questionados pela outra parte. Mesmo que seja verdade, o empreendimento está causando danos à população e a postura intransigente não demonstra boa vontade em atender às demandas justas da comunidade.

Foi pedida uma nova perícia e a Celulose Riograndense se negou a contratar, tentando transferir a tarefa para a Associação e a AGAPAN, instituições visivelmente hipossuficientes economicamente diante da potência do empreendimento.

A Audiência não chegou a apresentar propostas, inclusive dada a ausência do representante do Ministério Público. Aguardar-se-á o Laudo Pericial e o Parecer do MP.
A reunião de conciliação não obteve êxito e ficou avençado que a tentativa de diálogo e conciliação prosseguirá futuramente no mesmo fórum, conforme o parecer da Promotora Pública que atua no caso.

Presentes, além da Associação de Moradores, representante da AGAPAN, da AMA e do Grupo de Voluntários do Greenpeace, representados por Luciele, Emerson e Reginaldo. O representante do Ministério Público não se fez presente.

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