quarta-feira, 27 de maio de 2015

Protesto Contra a Monsanto e Suas Sementes Transgênicas

Protesto contra a Monsanto

Texto e fotos: Reginaldo Porto Alegre

No final da tarde de 25.05.2015 ocorreram atos públicos em protesto contra os transgênicos. O evento aconteceu em diversas cidades.  Em Porto Alegre foi na  frente da sede da Monsanto, multinacional produtora de sementes transgênicas, situada na Rua Mostardeiro, 800. um prédio monumental  em um dos bairros mais elegantes da cidade.  

As pessoas começaram a chegar por volta das 17h 20min. O número foi aumentando gradativamente.   Presentes representantes da AGAPAN,  Movimento em Defesa da Palestina (em uma conversa um deles me relatou que irão promover um ato semelhante contra a DANA, empresa israelense que também produz sementes transgênicas, ainda sem data definida) e outras instituições, inclusive nosso Grupo de Voluntários do Greenpeace de  Porto Alegre. 

Por volta das 18h 15min.  já haviam muitas pessoas portando faixas e cartazes: "Fora Monsanto", "Monsanto semeia epidemia de câncer",  "Revolte-se, reaja", "Ou acabamos com eles ou eles acabam com a Terra" e "Transgênicos poluem o ecossistema".    

Na frente do prédio seguranças tentavam impedir que o grupo ocupasse a calçada.  Um carro da empresa de segurança estacionado sobre a calçada.

Policiais Militares ficaram à distância observando. Em determinado momento um executivo se dirigiu aos manifestantes reclamando do ato.  Afirmava ele que a sede da Monsanto não era ali.  As pessoas não arredaram pé.  

Além de um embate entre pessoas que defendem a produção orgânica e representantes de um sistema capitalista que privilegia os transgênicos, havia uma espécie de luta social. Do luxuoso prédio saiam automóveis potentes com executivos de terno e gravata e senhoras elegantes,  impacientes, com pressa, intimidando as pessoas com suas máquinas milionárias.  

Houve conflito verbal diversas vezes. Os seguranças passaram a impedir que os manifestantes ficassem defronte à garagem. Por volta das 18h 30min, já noite,  os manifestantes passaram a trancar o trânsito. Levantando as faixas e cartazes postavam-se no meio da rua quando a sinaleira cinquenta metros abaixo ficava vermelha para os carros.  Quando eles chegavam à manifestação eram obrigados a parar.  Um manifestante representando a  morte, com uma pintura de caveira, vestindo um roupão preto e segurando uma foice caminhava entre os carros, jogando ao chão milhos de pipoca transgênicos.  

Em muitos momentos houve tensão. Motoristas ansiosos  avançavam sobre os manifestantes que não desistiam.  Um festival de buzinas.  Gritos, xingamentos, tipo "vão trabalhar".  A intolerância dos motoristas era grande.  Poucos se resignavam e esperavam. Com um enorme congestionamento provocado, os fiscais da EPTC desviaram o trânsito cem metros abaixo. O grupo então se deslocou para tal local e voltou a provocar congestionamento com sua manifestação.   Diversas ruas com o trânsito parado.    Pessoas passavam caminhando e xingavam o grupo:  "Por causa de vocês temos de ir à pé".   

Os manifestantes tentavam explicar o porquê da manifestação.  Alguns pedestres paravam para conversar. Por diversas vezes o trânsito foi bloqueado. Posteriormente, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas próximas, como Osvaldo Aranha, rumo ao centro da cidade.


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