No último domingo (11/03) o Grupo de Voluntários do
Greenpeace de Porto Alegre organizou a Corrente Humana no Parque Redenção em
protesto contra a expansão do uso de energia nuclear no país. A manifestação intitulada “Corrente Humana
Contra a Energia Nuclear” ocorreu em mais de cem cidades ao redor do mundo para
lembrar o aniversário de um ano do acidente nuclear de Fukushima, no Japão e
também para alertar a população que a energia nuclear é a mais danosa para o
ser humano e o meio ambiente.
Preparação / Foto: Alan Santos |
Vamos lá, gurizada! / Foto: Alan Santos |
Não Queremos Energia Nuclear! / Foto: Alan Santos |
No local do protesto, os voluntários desfilaram com
cartazes com as seguintes frases:
“A energia que mata. Dilma, nuclear não”
“Energia nuclear não”
“Dez mil mulheres terão seu leite materno examinado”
“150 mil pessoas tiveram que sair de suas
casas”
“360 mil jovens serão monitorados por toda
a vida”
“44 países baniram produtos alimentícios
japoneses”
“23 cidades têm alto nível de radiação”
“A produção de alimentos contém altos
níveis de radiação”
Além das frases, um banner com o
símbolo nuclear também foi exposto. Apesar do intenso
calor, um voluntário estava vestindo um macacão e máscara contra radiação para chamar a
atenção das pessoas que passavam.
Formando a Corrente Humana... / Foto: Alan Santos |
Um grupo de defesa dos animais que estava fazendo sua
manifestação no Parque Redenção uniu-se ao Greenpeace na Corrente Humana.
Afinal, os animais também foram vítimas do acidente nuclear em Fukushima e
igualmente sofrem com os efeitos da radiação. Nada mais natural que unirmos
nossas forças para conscientizar a população e as autoridades sobre os riscos
desta energia devastadora.
Animais também sofrem - e morrem - em acidentes nucleares / Foto: Alan Santos |
Durante a manifestação, a Coordenadora do Greenpeace Porto
Alegre fez uma explanação sobre os motivos da realização da Corrente Humana
Contra a Energia Nuclear ao público presente e, em seguida, pediu que todos
fizessem um minuto de silêncio em homenagens às vítimas de Fukushima.
Coordenadora Green Porto Alegre explicando as razões do protesto / Foto Alan Santos |
Aproveitando a manifestação realizada em Porto Alegre, o
grupo de voluntários colheu assinaturas para um Projeto de
Emenda Constitucional por iniciativa dos cidadãos, a ser submetido ao
Congresso Nacional, que pede o fechamento das usinas nucleares Angra 1
e 2, bem como a suspensão das obras de Angra 3 e a desistência das usinas
nucleares programadas para serem construídas no Nordeste
No país os protestos ocorreram no Rio de Janeiro, Angra dos
Reis (onde já existem duas usinas nucleares), São Paulo, Manaus, Salvador,
Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa, Recife e Caetité (cidade
que abriga a única mina de urânio do país).
Coordenadora Green Porto Alegre / Foto: Alan Santos |
O Brasil precisa se aliar aos países que estão revendo suas
políticas energéticas e abandonando o uso de energia nuclear. Na Alemanha, por
exemplo, fecharam usinas e desistiram de construir novas. O Japão, país que
sofreu com o acidente de Fukushima, também está revendo sua política energética
e algumas usinas já foram fechadas para revisão sem previsão de reabertura.
Colhendo Assinaturas para o Projeto de Lei / Foto: Alan Santos |
Pedro Torres, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace
fez a seguinte declaração: “Queremos
mobilizar a sociedade e pressionar o Congresso brasileiro para não aprovar as
futuras usinas que o governo quer construir no Nordeste. Há muito potencial
para gerar energia a partir da biomassa. A energia solar é quase inexplorada e
só agora a eólica começa a ser desenvolvida. Não precisamos dessa energia suja
que gera lixo atômico”
Energia que mata! / Foto: Alan Santos |
Dia de Sol e de Protesto na Redenção = ENERGIA NUCLEAR? NÃO, OBRIGADO! / Foto Alan Santos |
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