terça-feira, 6 de setembro de 2011

Voluntários do Greenpeace de Porto Alegre na Defesa de Abrolhos

Nos dias 30 e 31 de Agosto último o Greenpeace realizou duas campanhas no Rio de Janeiro em favor do arquipélago de Abrolhos localizados no Sul do litoral da Bahia. Para este fim, foram acionados os voluntários do Greenpeace de várias cidades brasileira com único objetivo de exigir da multinacional franco-britânica Perenco e da empresa OGX (de propriedade do Sr. Eike Batista) uma moratória da exploração de gás e petróleo por 20 anos em uma zona de 93 mil quilômetros quadrados na região de Abrolhos. Segundo recentes estudos científicos, esta área é o limite mínimo para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade da região que é um verdadeiro paraíso ecológico e onde se encontram os mais importantes bancos de corais do Atlântico sul. O local também é o berço da baleia Jubarte, que fazem dessa região seu refúgio de amamentação e reprodução, entre os meses de julho e novembro. É a mais importante área de reprodução dessa espécie no Atlântico Sul Ocidental.

A ação contou com quinze ativistas fantasiados de baleias e outros três travestidos de funcionários das empresas Perenco e OGX, com borrifadores de óleo falso. Do outro lado, dezenas de seguranças e uma tropa da polícia altamente armada, preparados para o confronto. 

A ação terminou em expulsão pela polícia as mais de nove horas de protesto do Greenpeace na sede da petroleira OGX, no Rio de Janeiro. Às 19h20 da noite do dia 31 de agosto, os dezoito ativistas que desde as 10h da manhã resistiam à tropa de choque e aos seguranças do bilionário Eike Batista em protesto pacífico contra exploração de petróleo em Abrolhos foram retirados à força. Eles foram impedidos de receber àgua e comida e tiveram a luz do prédio cortada.
No interior do prédio, onde ocorria o protesto totalmente pacífico, a imprensa foi impedida de entrar e plásticos pretos colocados pelos funcionários tapavam a visão de quem desde cedo lotava as calçadas da entrada do edifício, no centro do Rio de Janeiro. Acorrentados nas catracas de acesso aos elevadores,  os manifestantes aguardaram a presença de Eike Batista, dono da empresa, e resistiram por horas à violência desmedida dos leões-de-chácara do bilionário.

Os ativistas permaneceram duas horas na delegacia e poderão ser acusados por invasão de domicilio. Por sua vez, o Greenpeace denunciará a OGX por agressão contra os manifestantes, após truculenta reação da equipe de segurança da empresa.



O petróleo de Abrolhos

O Greenpeace pede o estabelecimento de uma moratória da exploração de gás e petróleo por 20 anos em uma zona de 93 mil quilômetros quadrados na região de Abrolhos. Segundo recentes estudos científicos, esta área é o limite mínimo para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade da região.
A área de moratória afeta treze blocos de exploração de petróleo atualmente concedidas a dez empresas nacionais e estrangeiras: Perenco, Petrobras, Shell, Vale, OGX, Cowan, Sonangol, Vipetro, HRT e Repsol.
A proposta é uma tentativa de barrar o avanço da exploração petrolífera no entorno de Abrolhos. Ano passado, o governo derrubou uma liminar do Ministério Público Federal, de 2003, que impedia a ANP (Agência Nacional de Petróleo) de licitar blocos num raio de 50 km do Parque Nacional.
Lar de mais de 1.300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos — dentre as quais, 45 em risco de extinção — Abrolhos é a região de maior biodiversidade da região sul do Atlântico. Seus recifes de corais, os maiores e mais exuberantes do Brasil, e seus extensos manguezais contribuem para fazer desta a zona mais importante de pesca no Estado da Bahia.

Saiba mais sobre a campanha:

Veja o site da campanha e assine a petição: www.greenpeace.org.br/abrolhos
Petição online: www.deixeasbaleiasnamorarem.com.br
Facebook: http://goo.gl/cx3lI
Twitter: @greenpeaceBR @coralcerebro
Youtube: http://www.youtube.com/user/greenbr

Fontes:
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/



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