quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Ciclo de palestras no bimestre

Escola Eldorado do  Sul

Os voluntários Anderson Centeno, Emerson Prates e Luciele de Souza, entre 20/8/2019 e 24/10/2019 realizaram palestras para 652 pessoas. 


Primeiramente foi na Escola Madre Selima em Porto Alegre e após, na Escola Eldorado do Sul na cidade de mesmo nome. 


Madre Selima



Na Madre Selima, os voluntários palestraram para alunos de diversas idades, desde os pequenos do primeiro ano até os adolescentes do nono ano. Todos do ensino fundamental. 

Totalizaram na referida Escola, 429 alunos e 15 professores.Na oportunidade, além dos voluntários divulgarem sobre as mudanças climáticas, com foco na separação do lixo, também aproveitaram pra colher assinaturas no abaixo assinado sobre o combate à megamineração no RS.


 A Escola Madre Selima é uma Escola Estadual e, diante de um quadro atual do Estado Gaúcho, salários dos professores são atrasados com frequência. Os profissionais chegam a ficar meses sem receber. 

Diante disso, o Greenpeace Porto Alegre se deparou com quadro social delicado. Mas mesmo assim, o corpo docente recepcionou com alegria os voluntários.



Abaixo seguirá o depoimento do voluntário Anderson sobre a recepção calorosa dos professores da Escola Madre Selima.

A carência social não se limita apenas ao corpo docente da Escola mas também ao discente. Muitas crianças só tem as refeições que recebem na Escola. 




Já em Eldorado do Sul, em que pese os voluntários terem encontrado um quadro melhor, já que a Escola tem boa infraestrutura, apesar de também ser Estadual, ainda falta bastante incentivo para muitas atividades. 


Todavia, no tangente ao meio ambiente, o corpo de alunos está de parabéns, eis que mostraram muito interesse no tema e almejam várias medidas positivas para a Escola, inclusive de implantarem uma horta orgânica no pátio. 


A palestra realizada na Escola Estadual Eldorado do Sul contou com a participação de um professor de biologia, bem com o publicitário, Neil Naiff, também integrante do Comitê de Combate à Megamineração no RS.

A palestra abrangeu 200 alunos dos 1º, 2º e 3º anos do ensino médio  e 8 professores. O tema abordado: mudanças climáticas com enfoque na emissão de gases do efeito estufa. 




A partir daí os voluntários divulgaram os projetos de megamineração no RS, especialmente a Mina Guaíba, já que afeta diretamente o município de Eldorado do Sul. 

A Mina Guaíba quer se instalar na região de Eldorado do Sul onde se encontra o Assentamento Apolônio de Carvalho. 

Lá tem 72 famílias que vivem da agricultura orgânica. Muitos alunos da Escola Estadual Eldorado do Sul são filhos dos assentados. 

A Mina Guaíba será a maior mina de carvão a céu aberto do país e pretende explorar a região até 2052, numa verdadeira contramão ao resto do mundo que visam terminar com essa fonte de energia suja até 2030.


Fotos: Anderson Centeno, Emerson Prates e Neil Naiff.
Texto: Luciele de Souza

Depoimento Voluntário Anderson Centeno:

Por onde eu começo?
Bom, a cada escola que vou são histórias diferentes, pessoas diferentes e aprendizados diferentes. Sempre levo comigo um pouco das pessoas, aprendo sobre elas e suas vidas para aplicar isso na palestra da melhor forma possível. Afinal, tem assuntos que não fazem sentindo em alguns lugares e não é porque as pessoas não entendem mas porque, infelizmente, muitas das coisas não chegam nessas pessoas. Isso vai desde coleta seletiva até saber que existem corais na Amazônia, o que é a Amazônia e porque ela deve ser preservada.
Saber que nem todo mundo tem as mesmas condições e privilégios que eu tive é complicado. Saber que talvez salvar a Amazônia não é tão importante pra elas e saber que isso é fruto do simples fato que os professores não sabem se vão receber os seus salários amanhã, os alunos não sabem se vai ter merenda, se vai ter aula, se vai ter escola...
Eu só faço palestras por puro amor e crença de que o planeta tem muito pouco para tantos e que temos que manejar isso da melhor forma, mas na verdade tem tantos com muito pouco.
A gente quer salvar o planeta, as pessoas e a biodiversidade, mas tem que saber que a luta é maior. É ser contra a mineração, porque famílias vão perder suas casas e nós não precisamos mais disso. É ser contra o corte de verbas porque as pessoas não estão recebendo seus salários, não estão pagando suas contas e estão sendo despejadas e também porque um país sem ciência não tem informação e não avança.
A real é que tem sido super difícil levantar da cama e ainda tentar ser agente de mudança de alguém, de algo, mas acordar cedo, e ir até uma escola falar com o pessoal e no fim receber esse desenho foi FODA! Foi inspirador e motivador!
Obrigado a Professora Lia pelo convite, ao Lucas pelo desenho que vou guardar com muito carinho, a escola Madre Maria Selima pela receptividade espetacular mesmo com tantos problemas na educação e coisas que já citei, aos meus parceiros Luciele e @prates.emerson pela parceria hoje e sempre e ao @gpbr.portoalegre por ter o #ProjetoEscola.





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